B12: Dados e Surpresas

Os Números Por Trás do Caos

Há anos transformo dados em histórias táticas — e a 12ª rodada da Série B foi uma das mais imprevisíveis que já vi. Mais de 30 jogos em duas semanas, com placares de 1-0 apertados até explosões como o 4-0 do Amazon FC sobre o Novorizontino. Mas por trás do espetáculo há estrutura: padrões em posse, taxa de conversão de chutes e falhas defensivas que contam uma verdade mais profunda.

A liga não é apenas competitiva; é matematicamente volátil. Times como Goiás (agora segundo) viraram seu campeonato com pressionamento disciplinado e alto xG por jogo — um modelo alinhado perfeitamente ao meu algoritmo de previsão dos playoffs. Já o Volta Redonda luta, mesmo com boa precisão no passe: seu subdesempenho em xG indica má finalização ou azar.

Insights-Chave dos Jogos

Comecemos pelo Amazon FC vs. Criciúma — não foi real? Mas o confronto real em 9 de julho terminou com vitória surpreendente do Amazon FC por 4 a 2. Com apenas 1,8 xG gerados, mas quatro gols marcados, a discrepância entre realidade e expectativa sugere finalização excepcional ou vulnerabilidade adversária — provavelmente os dois.

Seu ataque médio gerou 0,58 chute por minuto na área final contra a média da liga (0,47), um desempenho estatisticamente dominante.

Contraste isso com o Criciúma, que criou três chances claras mas não converteu — mesmo tendo um jogador avaliado como elite em nossos dados (velocidade máxima + sucesso em dribles). Essa ineficiência custa pontos que deveriam ser conquistados.

Fragilidade Defensiva e Mudanças Táticas

Uma tendência emergente: fadiga defensiva entre equipes medianas tentando subir na tabela.

Veja o Vila Nova vs. Coritiba (18 de julho): Vila Nova sofreu três gols após falhar ao fechar contra-ataques no último terço durante transições — mesmo com mais de 60% da posse no início.

Nosso modelo marca esses momentos como ‘zonas de risco em transição’. Quando equipes perdem coesão estrutural após recuperar a bola (como mudar de bloco compacto para perseguir espaço), abrem brechas que os atacantes exploram instantaneamente.

Isso se repetiu no Brasil de Pelotas vs. Avaí, onde Avaí marcou dois gols em bolas paradas apesar ser superado quase dois vezes nas finalizações — prova clara de que criar chances qualitativas importa mais que quantidade.

A Corrida pela Promoção Aumenta – E Fica Mais Confusa

Com seis rodadas até os playoffs, cada ponto vale mais do que nunca.

corrente top quatro: Goiás (3º), Minas Gerais竞技 (4º), Figueirense (5º), Criciúma (6º). Mas aqui está o interessante:

• Goiás venceu cinco dos últimos sete jogos usando defesa baixa e contra-ataques rápidos liderados por meias centrais que correm mais de 170 metros por jogo;
• Brusque está em quinto mas é último em precisão nos chutes entre os dez melhores — criam oportunidades… mas erram com frequência alarmante;
• Sim, mesmo perdendo por pouco para o Juventude recentemente, o Palmeiras B ainda lidera a tabela graças à consistência, não à brilhantismo. Mas lembre-se: dados não preveem dramas nem heróis. Identificam tendências.* Então quando alguém como Lucas Pires marca seu terceiro gol este mês de fora da área? Pode parecer sorte… até você ver seu mapa posicional: foi rotacionado para posições centrais laterais por lesões na defesa — criando novas linhas ofensivas que ninguém esperava no começo da temporada. Os dados não mentem; só precisam de contexto — e às vezes ajuda um bom café.