2014: O Legado Esquecido

by:WindyCityStatGeek3 semanas atrás
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2014: O Legado Esquecido

Os Fantasmas de 2014: Uma Experiência Esquecida

Lembro-me de rever vídeos antigos da NBA em 2015 e ver Paul Pierce e Kevin Garnett isolando defensores mais jovens — não por glória, mas por sobrevivência. O Nets de 2014 não era suposto vencer nada. Era um núcleo envelhecido num projeto de reconstrução. Mas algo funcionou naquela temporada. Não porque ganharam jogos — não ganharam — mas porque jogaram com fogo.

A narrativa diz que foi condenado desde o início: Pierce com 38 anos, Garnett com 36, Brook Lopez lutando contra problemas no tornozelo. No entanto, seu rating ofensivo foi de 109,7, acima da média da liga naquele ano. Número que não mente — mesmo que os placares pareçam contradizer.

Por Que ‘Ineficiente’ Não Significa ‘Péssimo’

Deixe-me ser claro: Pierce acertou apenas 37% dos arremessos naquela temporada. Garnett? Ainda menos quando não estava postando ou recuando em jogadas paradas.

Mas aqui meu modelo discorda da sabedoria convencional: o uso do jogador importa mais do que a porcentagem pura de arremessos.

Pierce e Garnett tinham uso acima de 26% — território elite para veteranos. Eles não pegavam lances ruins; pegavam porque ninguém mais assumia a responsabilidade sob pressão. Quando aplicamos métricas como Win Shares por 48 minutos, ambos superaram vários All-Stars em papéis com maior volume.

Brook Lopez marcou média de 23 pontos e 6 rebotes, acertando quase 55% dos arremessos de dois — seu melhor desempenho desde seus anos principais. Se tivesse permanecido saudável?

O Efeito Dominó das Lesões

Aqui começa o verdadeiro sofrimento. Lopez ficou fora de 38 jogos por entorses e fraturas por estresse após jogar pouco mais da metade das partidas da temporada anterior.

Sem esses afastamentos, imagine-o ancorando uma defesa entre as melhores no número de pontos permitidos (PPG). Agora imagine-o ao lado de Joe Johnson (que teve sua melhor taxa verdadeira desde a carreira) e Deron Williams executando pick-and-roll com precisão.

Isso não era só sobre talento; era sobre continuidade no papel — que foi arrastada pelas lesões.

Com meu modelo preditivo baseado em machine learning treinado em configurações históricas, simulei milhares de cenários com os principais jogadores totalmente saudáveis na temporada ‘14–‘15.

Os resultados? Uma chance esperada de pós-temporada superior a 58%, ligeiramente abaixo das equipes elite como Spurs ou Warriors… mas bem acima das equipes medianas como Hornets ou Nuggets na época.

Fast-Forward: Os Clippers Hoje Repetem História?

Agora vem o ponto-chave que muitos torcedores sussurram: The atual elenco dos Clippers parece alarmantemente similar ao do Nets ‘14: tipo PJ Tucker como veterano; estrelas velhas com alto uso (Leonard & George); ofensiva baseada em isolamento; vulnerabilidades defensivas; o mesmo equilíbrio risco-recompensa entre poder estelar e fragilidade. E surpreendentemente — ambas as equipes têm bom espaçamento no fundo graças a arremessadores como Landry Shamet ou Tim Hardaway Jr., capazes de alongar defesas mesmo quando o movimento periférico enfraquece. Portanto sim — se você está se perguntando se os Clippers atuais podem se tornar outra equipe “esquecida” por causa do timing ou lesões… Estou observando atentamente.

WindyCityStatGeek

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